De mãe pra mães: um relato sobre amamentação
Olá genteeee, hoje começa o mês da amamentação, do dia 1 ao dia 7 temos a semana Mundial do Aleitamento Materno, nada mais justo do que começar essa semana com o relato de uma recém mamãe!
"Enfim, mãe.
Para uns algo que não tem muito significado por querer curtir mais a vida, aproveitar o que pode, viajar, ... Para mim, fazer tudo isso e muito mais acompanhada da outra metade do meu coração.
Tudo perde a luz, tudo perde a cor, perde o brilho, o som fica fraco e os meus olhos seguem apenas em uma direção, ele vai direto de encontro aos olhos dele. É o melhor momento, é a melhor sensação, é o sentimento mais puro: (Amar)mentar. Foi o assunto que eu mais temia quando engravidei mas não por minha cabeça e sim por ouvir demais as outras pessoas. Todos me perguntavam: "Está colocando o peito para pegar sol? Está passando bucha vegetal? Está fazendo massagem com toalha morna? Está usando concha pré amamentação?" E a minha resposta sempre foi a mesma para todas as perguntas: "Não". Todos olhavam para a minha cara com expressão estranha e falavam que eu ia sentir muita dor para amamentar, que meu peito ia rachar, que eu teria dificuldade de ter leite. Procurei então auxílio com a minha nutricionista materno infantil e com o instituto Fernandes Figueira. Assisti vídeos, palestras, participei de conversas, tirei todas as dúvidas e no final descobri que a certa era eu em não fazer absolutamente nada pois o meu corpo naturalmente com o tempo ia fazer por mim.
Chegou o grande dia! Dia 27/06/2017, foi inesperado... foi fora da data prevista mas foi lindo. Foi encantador!!! Foi apaixonante!!! Voltaria mil vezes para viver exatamente tudo o que eu vivi. O Davi veio ao mundo por parto normal, papai estava ao meu lado quando ele foi colocado em meus braços, foi o momento mais lindo e emocionante da minha vida. Fecho os olhos e consigo ter novamente aquela sensação, consigo sentir o cheiro e lembro perfeitamente do nervosismo do papai e o Davi nos olhando tremendo de frio. Que dia!!! Fui para o quarto e fiquei aguardando o Davi chegar... segundos que pareciam horas! O que eu mais queria era ele logo ali, comigo, novamente em meus braços. Quando ele chegou, a enfermeira imediatamente o estimulou com o dedo para mamar e colocou em meu seio direito. Notei que a maneira como ela fez não era a maneira que eu tinha aprendido e estava doendo mas como eu estava apenas querendo ver meu filho, conversar com ele, paquerar, deixei pra lá e ele seguiu mamando por 40 minutos. Isso já era 5:00 hrs da manhã, fomos dormir e quando eu acordei recebi a notícia que receberia alta. Nesse meio tempo, minha amiga/nutricionista (Camila) chegou e me ajudou colocar Davi para mamar novamente mas no seio esquerdo. Fizemos exatamente tudo o que eu já tinha aprendido, com todas as técnicas e observando o tempo todo a boca dele para caso faça barulho ou mame errado. Lá se foram mais 40 minutos de mamada porém sem dores. Já estava quase no horário da alta, fui para o banho, quando olhei o bico do meu peito direito, já estava rachado e com um pouco de sangue. Ardeu tanto durante o banho que não consegui lavar direito.
A partir daí... toda mamada era aquele dilema. Antes de ir embora, recebi uma orientação da enfermeira: "Coloque o sutiã bem apertado para produzir bastante leite". Camila na mesma hora criticou e disse que não, que o ideal era ficar sem sutiã se fosse possível. Ou seja, orientação errada! Decidi amamentar o Davi sempre que ele estivesse com fome, sem restrição de horário. De 3 em 3 horas, de 1 em 1 hora, era com ele. Ele pedia e eu dava. Sentia dor por conta da mamada errada do primeiro dia mas era aquilo que eu queria, amamentar. Camila me viu sofrendo de dor e me falou uma frase que nunca vou esquecer: "Olha pra ele mamando que a dor passa". Dito e feito! Meu prazer naquele momento era tão grande, era tão lindo ver o Davi se alimentando, com a barriga coladinha na minha, com a respiração rápida, os olhinhos olhando os meus que não tinha mais dor, tinha apenas amor. Por orientação da Camila, no período que Davi não estava mamando eu massageava o seio, passava o leite que saia no bico e ficava no sol. Foi perfeito!!! Cicatrizou. Demorou 1 semana mais ou menos mas cicatrizou. De lá pra cá foi só amor, sem dor. Davi mama muito, a hora que ele quer, durante o tempo que ele quer e enquanto não mama, eu tenho tirado leite para doação (a fábrica aqui é grande demais, rs).É o que eu sempre digo, o melhor momento do dia pra mim é quando estou amamentando. Davi me olha fixadamente, coloca a mãozinha na direção do meu pescoço, segura meu dedo, da uns sorrizinhos, é a coisa mais linda desse mundo!!! Não tem momento mais prazeroso que esse. Davi hoje está com 1 mês, saudável, gordinho (meu bolota), cheio de dobrinhas gostosas, com bochechas enormes e já tem 1 mês que eu morro de amores todos os dias. Sonho realizado."
A gente vive a emoção junto quando lê um relato desse, muito obrigada por dividir esse momento conosco!
Beijos da Nutri!
Davi Lindo demais!