Vitamina D e Covid 19
Vamos falar um pouquinho mais sobre essa vitamina que é indispensável!! Como estamos em um momento que pode ser ainda mais difícil pegar aquele solzinho… Nossa já pensou como vamos dar valor aqueles 20 minutinhos de sol que a nutri tanto implora para que você pare arregace as mangas e sinta quando tudo isso passar??
Com toda essa questão da COVID-19, muito tem se falado sobre a utilização da Vitamina D como forma de “prevenir” a contaminação do vírus, pois muitos pacientes contaminados apresentaram em comum a deficiência da vitamina D. Dizer que ela previne coronavírus é algo um tanto vago, pois não sabemos ao certo quantas pessoas foram estudadas e de que forma isso foi estudado. O fato de muitas apresentarem deficiência de vitamina D é algo “normal”, sabe por que? Porque a maioria das pessoas apresentam hipovitaminose D, o que tornou-se problema global de saúde, trazendo situações adversas à população, mas infelizmente isso não é levado tão a sério quanto deveria. Então, vamos abordar um pouquinho mais sobre ela nesse post.
Na alimentação, possuímos dois tipos de vit D: a vit D2, de origem vegetal, e a vit D3, de origem animal. Há também a síntese de vit D através da exposição solar (sem uso de protetor solar) aos raios UVB, onde moléculas derivadas de colesterol presentes em nossa pele são convertidas em vitamina D3.
A exposição solar principalmente nos braços e pernas é a forma mais potente de obter vit D no nosso organismo. Bastam apenas 20 min diários para obtermos a síntese. Pessoas com pele negra podem precisar de mais tempo de exposição, pois a melanina atua como proteção natural aos raios UVB, o que faz com que ocorra uma menor absorção.
A vitamina D tem um papel importantíssimo na preservação da nossa massa óssea e também no nosso sistema imunológico, pois diversos estudos já comprovaram que hipovitaminose D está associada ao desenvolvimento de doenças autoimunes, como lúpus, artrite reumatoide, diabetes, doenças inflamatórias intestinais, esclerose múltipla, encefalite, entre outras.
A população considerada grupo de risco para a hipovitaminose D são gestantes, lactentes, obesos, idosos com históricos de fraturas, indivíduos com raquitismo, osteomalácia, osteoporose, linfomas, síndromes de má absorção, doenças granulomatosas, insuficiência hepática e renal, e pacientes que estejam utilizando medicamentos que interfiram na absorção da vitamina, como anticonvulsivantes, glicocorticoides, antifúngicos, entre outros.
No caso das gestantes a suplementação é indispensável, pois a deficiência pode acarretar vaginose bacteriana, pré-eclâmpsia, baixo peso ao nascer, diabetes gestacional, e desfechos que afetarão a vida do filho a longo prazo, como marcadores de risco cardiovascular na idade escolar.
Outra questão importante são nos casos dos bebês, pois embora o leite materno seja o único alimento que ele necessite até os seis meses de vida, as concentrações de vitamina D são baixíssimas no leite, e a exposição solar é indispensável.
Cada faixa etária possui uma quantidade diária recomendada, portanto, é imprescindível que essa prescrição seja feita e acompanhada por um nutricionista, pois doses elevadas de vitamina também podem acarretar problemas adversos!
Conteúdo produzido pela minha estagiária fofa Tai Toniolo, editado e supervisionado por mim!
Um beijo da Nutri
Camila Pinheiro
Nutricionista Ortomolecular e Materno Infantil
CRN 14100725
Informações sobre consultas: www.nutricamilapinheiro.com